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Curitibana vai fugir com o circo? Conheça uma curiosa história de amor



Michael Anderson Portugal, que está à frente do oitavo maior circo do mundo, e Aline Rorbacker, médica que atua Curitiba, vão se casar em 22 de dezembro após sete anos de namoro à distância


A magia circense traz alegria, diverte e encanta. E no caso do Circo Portugal Internacional, o oitavo maior do mundo, as lonas também se tornam cenário para o surgimento de uma linda história de amor. De um lado, o paulista de São Bernardo do Campo, Michael Anderson Portugal, gestor do circo, que mora em um motorhome e viaja toda a América do Sul com a trupe. Do outro, Aline Rorbacker, médica curitibana, que reside na capital paranaense e está prestes a mudar toda a sua rotina. Ambos com 30 anos de idade, o casal se une em matrimônio no dia 22 de dezembro, em Campo Largo (PR).


Os namorados se conheceram quando o Circo Portugal Internacional estava com as suas lonas armadas na cidade da noiva. “Estamos juntos há praticamente sete anos e nos conhecemos quando o circo veio para a região de Curitiba. A família do meu padrasto é circense também e assim, surgiu uma amizade com o pessoal, mas eu só tive a chance de conhecer o Michael alguns dias depois, quando fui assistir ao espetáculo”, relata Aline.


A química foi imediata. “Nos demos muito bem desde o dia que nos conhecemos e eu geralmente não me dou bem com todo mundo, principalmente de primeira. Bem no começo do namoro, nossas vidas diferentes não foram um empecilho porque o circo estava aqui. Além disso, também estávamos nos conhecendo e nem sabíamos se daria certo”, conta Aline aos risos. Para Michael, mesmo com rotinas diferentes, já que ele estava dia a dia nos trabalhos do circo e ela nos estudos da medicina, nada atrapalhou. “Eu a achei super gente boa, humilde e acima de tudo inteligente. Acabamos nos dando muito bem, independente da rotina nas lonas e do cotidiano dela na faculdade de medicina”, comenta.


Distância

Trabalhar no circo é levar uma vida nômade, pois cada temporada é realizada em uma localidade diferente. Por isso, os noivos tiveram que superar desafios. “Nosso namoro inteiro foi praticante à distância. Sempre nos revezamos para nos ver. No ano de 2019 ficamos três meses separados, pois o Michael achava que estávamos muito envolvidos e que não daríamos certo no futuro. Três meses depois do término, o circo veio para Campo Largo e nos encontramos de novo. Assim vimos que nem um e nem o outro seguiu sua vida e decidimos voltar. Depois disso, nossa relação melhorou muito pois realmente percebemos que queríamos ficar juntos e ter um futuro. Já em 2021, comecei a fazer residência de anestesiologia e fiquei praticamente sem tempo de ficar no circo com o Michael e ele acabou tendo que vir mais vezes para cá”, conta Aline.

Quando o circo está na cidade, a logística facilita o encontro do casal. “Se estamos perto, eu tiro uma folga para ir vê-la e faço questão disso. Já ela, sempre que pode, vem me ver também”, completa Michael.


*Transição*

A mudança da vida com CEP fixo para viver em um motorhome implica em diversas alterações na rotina. O casal afirma que vai sempre conversar para conseguir conciliar tudo. “Acho que teremos muitos desafios pela frente por causa da mudança de vida, mas acredito que com diálogo e compreensão a gente consiga conciliar a vida no circo e eu não deixar totalmente da medicina”, explica Aline. Michael lembra que continuará com sua rotina no circo e que trará Aline para o as lonas sem atrapalhar a sua profissão. “Pretendo continuar minha vida no circo e trazer minha futura esposa para agregar ao nosso trabalho por aqui. Mas isso não vai fazer com que ela não seja mais médica. Pretendemos ter uma segunda casa em Curitiba”, revela.


A medicina e o circo são dois universos bastante distintos, mesmo assim, eles dizem que vão ajudar o outro. “Preciso continuar com o legado dessa arte milenar, mas isso não impede uma mudança em minha vida para termos um cotidiano juntos na cidade, quem sabe futuramente”, comenta Michael. Já Aline, que atualmente é plantonista em um hospital, diz que continuará na atividade, mas ajudando o circo e seu futuro marido no que for possível. “Eu já convivia na infância no circo do meu padrasto, mas lógico que é algo bem diferente porque agora eu também vou ter uma vida lá. Como anestesista eu trabalho por plantão, mas estou pensando em atuar aqui em Curitiba e achar alguns plantões em algumas cidades onde o circo passar e ajudar o Michael também”, diz.


O casal se sente realizado nas vésperas da celebração da união. “O casamento sempre foi o nosso sonho e planejamos fazer isso em dezembro de 2023, que é quando estou terminando a residência médica em anestesiologia. Além disso, no final do ano os circos geralmente param próximos ao Natal e a família dele poderia estar presente nesse momento. Acho que o casamento representa o início de uma vida a dois e agora bem mais próximos, poderemos ficar mais juntos fisicamente agora”, comentou Aline.


Quando se trata de valores e princípios eles, estão bem alinhados. “Primeiro é o amor, segundo é a confiança pois, até então, estávamos vivendo um relacionamento à distância”, disse Michael. Já para Aline, a confiança é a base de uma união, principalmente por se tratar de um caso peculiar como o deles. “Compreensão, companheirismo e se fazer presente na vida um do outro mesmo que distantes fisicamente. Nos falamos o dia todo por mensagens e contamos tudo um paro o outro. Todas as noites nos falamos por ligação e nunca dormimos brigados. Isso é realmente bom para termos uma vida tranquila”, diz.


Tudo preparado

Michael já está bem acostumado com a vida nômade. Seus pais, ambos de origem circense, viajam juntos com o Circo Portugal Internacional desde que se casaram, há mais de 35 anos. Sob as lonas, ele foi criado, estudou, completou o ensino médio, passando por várias escolas em diversas partes do país, e se tornou um dos gestores do oitavo maior circo do mundo. Aos 20 anos de idade, ele passou a morar na sua própria casa sobre rodas.


Com o casamento prestes a ser celebrado, um novo motorhome foi comprado, já que o anterior tinha apenas um quarto e pouco espaço. Agora, o novo veículo, importado dos Estados Unidos, além de ser maior, tem dois quartos e “slides”, que são dispositivos que permitem aumentar ainda mais a área útil do trailer. A casa dos noivos já está preparada para recebê-los.


Familiares e amigos

Ainda que exista muito preconceito com relação aos trabalhadores do circo, o círculo social do casal apoia a união, mas no começo houve preocupações. “Minha família reagiu com naturalidade quando começamos a namorar, mas todos acharam que seria algo passageiro. Já em relação ao casamento, deram conselho e apoio, pois eles querem a nossa felicidade”, comenta Michael. Aline lembra que o começo do namoro foi desafiador para a sua família. “A maioria não conhecia a vida no circo. Ainda existe muito preconceito sobre não ter uma casa fixa. Ao longo dos anos minha família foi se acostumando e hoje é supertranquilo. No hospital que trabalho recebo várias perguntas e vejo que as pessoas não conhecem nada, mas todos os circenses têm uma vida normal. Ou seja, estudam, vão ao mercado, shopping e viajam. O que muda é que a casa não tem uma cidade fixa, mas nem por isso é uma vida ruim”, destaca.

Os noivos dizem que a união e o carinho foram fundamentais para que eles chegassem a este momento. “Fomos percebendo ao longo de tempo que estávamos cada vez mais envolvidos e chegamos à conclusão de que ficamos melhores juntos”, diz Michael. Aline complementa: “Eu acho que um relacionamento é construído ao longo do tempo e nesses anos fomos fortalecendo os laços. Vimos que longe um do outro a vida fica pior”. Sobre os planos para o futuro, eles dizem que vão continuar se apoiando”.

Sobre o Circo Portugal Internacional


Na cidade de Braga, em Portugal, um grupo de artistas se reuniu para fazer sua primeira apresentação nos cassinos de Estoril, onde foram calorosamente aplaudidos. A partir de então nasceu o Circo Portugal que conquistou plateias por toda a Europa e nas Américas, chegando ao Brasil por volta do ano de 1890. Hoje, se apresenta em todo o Brasil e em países da América do Sul, estando em sua 7ª geração e consolidado como o oitavo maior do mundo.


Assessoria de imprensa do Circo Portugal Internacional:

Heberton Lopes - hlopes@grupobalo.com  

Felipe de Jesus | Ruan Morais - imprensa@grupobalo.com  

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